O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia Porque o tejo não é o rio que corre pela minha aldeia, O Tejo tem grande navios E navega nele ainda, Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está, A memória das naus. O Tejo desce de Espanha E o Tejo entra no mar em Portugal. Toda a gente sabe isso. Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia E para onde ele vai E donde ele vem. E por isso, porque pertence a menos gente, É mais livre e maior o rio da minha aldeia. Pelo Tejo vai-se para o Mundo. Para além do Tejo há a América E a fortuna daqueles que a encontram. Ninguém nunca pensou no que há para além Do rio da minha aldeia. O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
Compositores: Antonio Carlos Jobim (UBC), Fernando Antonio Nogueira Pessoa (Caeiro Alberto) (SPA)Editor: Jobim Music (UBC)Publicado em 2012 (21/Set) e lançado em 2002 (15/Set)ECAD verificado obra #1039234 e fonograma #2582612 em 28/Out/2024 com dados da UBEM