No centro da sala, diante da mesa No fundo do prato comida e tristeza A gente se olha, se toca e se cala E se desentende no instante em que fala
Medo, medo, medo, medo, medo, medo Cada um guarda mais o seu segredo, A sua mão fechada, a sua boca aberta, O seu peito deserto, a sua mão parada,
Lacrada, selada, molhada de medo Pai na cabeceira, é hora do almoço Minha mãe me chama, é hora do almoço Minha irmã mais nova, negra cabeleira Minha avó reclama, é hora do almoço
Moço, moço, moço, moço, moço, moço Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza Deixemos de coisa, cuidemos da vida Pois se não chega a morte ou coisa parecida E nos arrasta moço sem ter visto a vida
Compositor: Antonio Carlos Belchior (Belchior) (UBC)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 1998 (01/Set)ECAD verificado obra #21030 e fonograma #35059 em 28/Out/2024 com dados da UBEM