Tu nunca choras ao ver sangue Tu nunca sangras quando sofres Guardas a dor dentro do cofre
Se alguém decifra o segredo E se pica no teu ferrão azedo Tu lambes-lhe o sangue do dedo Tu nunca choras ao ver sangue Tu nunca ficas transparente És daquela raça tão rara Que tem no olhar o gelo quente
Se alguém te atinge o coração Aguentas o baque De frente E sentes uma oscilação
Defendes-te com uma paixão competente E encarnas tão impunemente A pele de um animal de sangue quente Que ama a sangue frio
Tu nunca choras ao ver sangue Tu nunca ficas transparente És daquela raça tão rara Que tem no olhar o gelo quente Gelo quente Quente e frio
Compositor: Carlos TêPublicado em 2005 e lançado em 2014 (05/Nov)ECAD verificado fonograma #10265789 em 15/Mai/2024