1ª versão (Para a peça Ópera do malandro 1977-1978)
Pra se viver do amor Há que esquecer o amor Há que se amar Sem amar Sem prazer E com despertador - como um funcionário
Há que penar no amor Pra se ganhar no amor Há que apanhar E sangrar E suar Como um trabalhador
Ai, o amor Jamais foi um sonho O amor, eu bem sei Já provei E é um veneno medonho
É por isso que se há de entender Que o amor não é um ócio E compreender Que o amor não é um vício O amor é sacrifício O amor é sacerdócio Amar É iluminar a dor - como um missionário
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2ª versão (Para o filme Ópera do Malandro de Ruy Guerra 1985)
Pra se viver do amor Há que esquecer o amor Há que se amar Sem amar Sem prazer E com despertador - como um funcionário
Há que penar no amor Pra se ganhar no amor Há que apanhar E sangrar E suar Como um trabalhador
Ai, o amor Jamais foi um sonho O amor é feroz Faz em nós Um estrago medonho
É por isso que se há de entender Que amar não é um ócio Se precaver Que amar não é um vício Amar é um sacrifício Amar é um sacerdócio À luz do abajur
É por isso que se há de entender Que amar não é um ócio Se precaver Amar não é um vício O amor é um nobre ofício O amor é um bom negócio
Compositor: Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque) (UBC)Editor: Marola Edicoes (UBC)Publicado em 1999 (05/Nov)ECAD verificado obra #2074167 e fonograma #422113 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM